Bactérias resistentes revelaram-se boas mineradoras de cobalto
Cobalto. (Wikimedia Commons).
Cientistas da Michigan State University descobriram que Geobacter - bactéria encontrada no solo e sedimentos - são mineradoras de cobalto eficazes, pois são capazes de extrair o metal da ferrugem sem permitir que penetre em suas células e as mate.
Em um estudo publicado na revista Frontiers in Microbiology, os pesquisadores explicam que Geobacter não apenas sobrevive sendo exposto ao cobalto, mas essencialmente se cobre com o metal.
“Eles formam nanopartículas de cobalto em sua superfície. Eles se metalizam e é como um escudo que os protege”, disse Gemma Reguera, principal autora do estudo. “É como o Homem de Ferro quando ele veste o terno.”
O cobalto, em geral, mata os micróbios ao penetrar em suas células e causar estragos.
Mas sabendo de estudos anteriores que Geobacter são extremamente resistentes porque, por exemplo, eles podem bloquear contaminantes de urânio ao entrar nas águas subterrâneas, eles suspeitaram que a capacidade da bactéria de respirar ferrugem também poderia ajudá-los a sobreviver à exposição ao cobalto.
Esta descoberta é considerada uma prova de conceito que abre a porta para uma série de possibilidades, como o uso da Geobacter como base de uma nova biotecnologia construída para recuperar e reciclar o cobalto de baterias de íon-lítio.
Os minúsculos organismos também poderiam ser usados para absorver outros metais tóxicos, como o cádmio, que anteriormente se acreditava serem sentenças de morte para as bactérias.
Acesse mais sobre o estudo aqui.
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