Mineradora de nióbio brasileira CBMM está de olho no mercado automotivo europeu
O novo BAC Mono usará altos níveis de nióbio. (Imagem de Lars Mars Cars | YouTube.)
A mineradora de nióbio do Brasil, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), fechou um acordo com a montadora britânica de carros de luxo Briggs Automotive Company (BAC) para fornecer nióbio para a produção de carros ultraleves e de alta velocidade.
A CBMM trabalhará com a BAC para desenvolver um novo carro esporte usando altas quantidades de nióbio, um metal que torna o aço mais resistente.
Os parceiros esperam que o produto final, um carro de corrida para uso nas ruas, seja mais econômico em termos de combustível devido à sua leveza e maior velocidade.
“O uso de ligas metálicas enriquecidas com nióbio no chassi levará a uma redução do material necessário para atingir o objetivo estrutural do veículo”, disse ao jornal Estadão Pablo Salazar, chefe de mobilidade da CBMM.
“O resultado é um carro mais leve, com possibilidade de atingir maior velocidade em menos tempo. Além disso, oferecerá uma melhor resposta de frenagem e segurança”, disse ele.
O governo brasileiro busca expandir e diversificar o seu setor de mineração, que depende fortemente das exportações de minério de ferro.
O país responde por cerca de 90% dos recursos mundiais de nióbio, sendo 75% da produção nacional proveniente da CBMM no sul de Minas Gerais.
São conhecidos outros dois depósitos de nióbio na região da Amazônia, em Seis Lagos e em Santa Isabel do Rio Negro, localizados na bacia do rio Negro.
O Nióbio - também conhecido como columbita - é usado como aditivo para produtos de aço em aplicações industriais, incluindo carros, aviões, dutos, espaçonaves e armas. Em breve, o elemento também poderá ser usado em baterias de carros elétricos.
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