ETR desbloqueia a reação chave na mineralização de cobre, ouro, prata, urânio
Foto: USP Mining Team.
Pesquisadores da Universidade Monash da Austrália descobriram que o cério, elemento terras raras, afeta o destino de uma reação chave na mineralização de cobre, ouro, prata e urânio.
Em um artigo publicado na revista Nature Communications, os cientistas explicam que, no passado, acreditava-se que os fluidos do minério coletavam algum cério em seu caminho para depósitos gigantes. Suas descobertas, no entanto, mostram que os oligoelementos podem ter um efeito importante, embora difícil de prever, no acoplamento entre o fluxo de fluido, a criação de porosidade e a dissolução e precipitação de minerais. Este efeito controla a mobilidade do elemento em grande escala e reologia na crosta terrestre.
O cério, em particular, desempenha um papel ativo durante a substituição da magnetita pela hematita: atua como um catalisador que acelera a reação; fornece espaço para a precipitação dos minerais valiosos; e promove um feedback positivo entre a reação e o escoamento do fluido, que contribui para aumentar a dotação de metal do depósito.
“Para descobrir novos depósitos gigantes e minerar com eficiência os existentes, precisamos de uma compreensão mecânica dos processos que formam - e transformam - os minerais que hospedam metais valiosos”, disse Joël Brugger, co-autor do estudo.
“Embora mais reciclagem seja uma parte importante do futuro das matérias-primas, precisamos de mais metais do que a soma dos minerados até o momento para fornecer recursos para a transição para uma economia livre de carbono.”
Brugger e sua equipe conduziram essa pesquisa como parte do projeto ‘Olympic Dam em um tubo de ensaio', onde cientistas tentaram reproduzir, em laboratório, os processos que resultaram na concentração de metais no valor de mais de um trilhão de dólares na mina de cobre, ouro e urânio da BHP no Sul da Austrália.
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